terça-feira, 27 de outubro de 2009

Obama coloca EUA entre países de maior liberdade de imprensa, diz RSF

20/10/2009

da Efe, em Paris
da Folha Online

A atitude menos hostil do presidente americano, Barack Obama, com relação à imprensa em comparação com seu antecessor, George Bush, elevou os Estados Unidos para o 20º lugar na classificação de liberdade de imprensa no mundo, segundo o ranking apresentado nesta terça-feira pela organização RSF (Repórteres sem Fronteiras).

Já a Europa decaiu e, de acordo com a organização, deve "dar exemplo para poder denunciar as violações em outras partes do mundo". Como exemplo, a RSF cita os casos da França (43º), Itália (49º) e da Eslováquia (44º) --que anualmente descem na lista-- assim como a Espanha (que caiu do 39º para 44º), onde existem jornalistas que ainda se sentem ameaçados.

Ainda com relação à Europa, a principal ameaça diz respeito às novas legislações que questionam o trabalho dos jornalistas, como na Eslováquia, onde se introduziu um direito automático de réplica e o ministro de Cultura aumentou sua influência nas publicações.

Estes elementos permitiram que as jovens democracias como Gana na África, Uruguai, Trinidad e Tobago e Costa Rica na América Latina, estejam entre os 30 melhores.

No entanto, os 14 países que lideram o ranking da liberdade de imprensa são todos europeus, começando pelos escandinavos, mas também as três repúblicas bálticas (Estônia, Lituânia e Letônia), assim como a Irlanda, Holanda, Suíça, Bélgica, Malta e Áustria.
O Brasil aparece em 71° lugar no ranking divulgado pelo RSF. De acordo com a organização, o país "por fim se libertou", em 1° de maio de 2009, da lei de imprensa herdada da ditadura militar, e "se beneficia dos esforços realizados pelo governo Lula em relação ao acesso à informação".

Piores

No final da fila permanece há anos o denominado pelo RSF como "trio infernal": Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritréia.

O Irã que figura em 172º lugar, por causa do regime de seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad. De acordo com a entidade, jornalistas sofrem "mais do que nunca" no país. Entre as retaliações estão medidas como censura e vigilância, além de prisões ilegais e casos de jornalistas que foram forçados a deixar o país.

"A reeleição do presidente colocou o país em uma autêntica crise e instaurou uma paranoia com relação aos jornalistas e blogueiros", denúncia à organização.
Engrossando o final da fila aparece Cuba, que passa do 169º para 170º, abaixo de outros tão pouco exemplares no diz respeito à liberdade de imprensa como o Laos, China, Iêmen, Vietnã, Síria, Somália e Arábia Saudita.

Israel também piorou seu desempenho no ranking e desabou 40 postos, com relação a 2008, aparecendo agora em 93º lugar.

O motivo é a camada de chumbo imposta à imprensa que acompanhou sua operação militar contra a Faixa de Gaza, e que se traduziu em censura militar a todos os meios de comunicação e a detenção de cinco jornalistas, com três encarceramentos

FONTE: www.folha.uol.com.br

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