terça-feira, 29 de junho de 2010

Google recria página chinesa e volta a aceitar censura

O Google capitulou. O mais popular site de buscas da internet vai modificar outra vez o sistema de acesso a serviços na China, aceitando novamente a censura a temas proibidos pelo governo de Pequim.

A decisão foi tomada depois que o governo chinês ameaçou anular a licença da empresa para administrar conteúdo online no país. Segundo informações divulgadas pelo jornal El País, não está definido se o governo renovará a licença que expira nesta quarta-feira.

"Nos próximos dias, cessaremos por completo o desvio (de internautas) e receberemos nossos clientes chineses em uma nova página", afirmou o vice-presidente do Google, David Drummong, no blog oficial da empresa.

Em março, o Google anunciou estar desviando as buscas para sua página em Hong Kong em consequência da crise desencadeada pelo ataque de hackers supostamente ligados a uma universidade chinesa que conseguiram invadir contas de e-mail de militantes de direitos humanos.

A empresa usou o caso para defender o fim da censura nas buscas. Na China, serviços censuram certas expressões e temas que o governo local considera sensíveis, como o Massacre da Paz Celestial e a luta pela libertação do Tibet.

As autoridades chinesas não estariam contentes com o redirecionamento, segundo o The Wall Street Journal. A empresa, então, decidiu se ajustar às condições impostas pelo governo chinês, aceitando novamente a censura e direcionando os internautas para a versão chinesa para aumentar as chances de renovação da licença.

"Se continuramos desviando os usuários, nossa licença ICP (Internet Content Provider) não será renovada e sem esta licença, não poderemos operar num site comercial como o Google.ch; isso significa que o Google ficará às escuras na China", explicou Drummong.

A única compensação é que a nova página Google.cn oferece um link para o portal do Google Hong Kong, permitindo, segundo Drummong, "aos que o utilizam fazer buscas na internet ou continuar utilizando os serviços do Google.cn como a música ou a tradução sem filtros".

FONTE: http://tecnologia.terra.com.br

domingo, 20 de junho de 2010

Especialista calcula que China censura 95% dos blogs

Um especialista na internet e famoso blogueiro chinês calcula que o regime comunista elimina diariamente 95% dos conteúdos que são publicados nos 220 milhões de blogs existentes no país asiático.

Em declarações publicadas neste domingo, 20, pelo jornal South China Morning Post, Isaac Mao Xianghui, membro do Centro Berkman da internet e Sociedade da Universidade de Harvard (EUA), calcula que este é a percentagem eliminado pelos censores chineses a cada dia.

Mao toma como base os dados que foram publicados na terça-feira passada pelo próprio Conselho de Estado chinês (órgão executivo), que assinala que 66% dos mais de 400 milhões de internautas chineses deixam diariamente 3 milhões de mensagens em blogs e outros fóruns da internet.

Segundo os estudos de Mao, um blogueiro ativo costuma deixar 0,5 comentário diários, por isso que o número real deveria ser de 72,6 milhões, e não 3 milhões, como assegura o governo.

"A diferença entre os dois dados revela que 95,9% dos comentários são eliminados no processo de censura", explicou Mao, em referência ao empenho do regime chinês para frear a liberdade de expressão no maior mercado de internet do planeta.

Os conteúdos na rede aumentaram 124 vezes desde que Mao começou a trabalhar na internet, no ano 2002, e até 2008.

"Os internautas são como ratos e o mecanismo de censura é um gato. Há muitos ratos e o gato não sabe qual caçar", assegurou o especialista em um fórum sobre internet na Ásia Pacífico.

A rede chinesa é uma das mais censuradas do mundo, já que impede o acesso a servidores de vídeo como YouTube, ou redes sociais como Facebook e Twitter, alguns dos exemplos de uma longa lista de proibições que se ampliam diariamente.

FONTE: http://www.estadao.com.br

Rammstein consegue liminar para lançar álbum Liebe Ist Für Alle Da censurado na Alemanha

Em uma vitória para a liberdade de expressão artística, a banda alemã Rammstein ganhou um recurso para colocar nas lojas alemãs, seu mais recente álbum, Liebe Ist Für Alle Da. Um tribunal decidiu a favor do grupo, revertendo uma lei que proibiu o álbum de ser divulgado publicamente.

Em novembro do ano passado, o órgão alemão responsável pela análise de conteúdo de mídia nocivo para jovens (BPjM), anunciou que Liebe Ist Für Alle Da (O Amor Existe Para Todos) e a canção Ich tu dir weh (Eu quero te machucar), eram nocivas às crianças, alegando que a banda fazia apologia à violência e ao sexo desprotegido. A arte do álbum também foi alvo do BPjM. A capa, que exibe um açougueiro prestes a cortar uma mulher nua, e uma fotografia do guitarrista Richard Kruspe simulando um espancamento de um prisioneiro nu, foi censurada.

Com isso, o álbum (que chegou a nº 1 na Alemanha) foi condenado a ser vendido com sua capa censurada e a música Ich tu dir weh proibida de ser executada ao vivo. A gravadora Universal Music lançou o álbum com uma versão alternativa da capa e sem a canção proibida. Mas também abriram um processo contra a agência do governo, exigindo que a banda pudesse lançar o disco original.

O tribunal decidiu a favor do Rammstein, declarando que o BPjM não tem o direito de colocar Liebe Ist Für Alle Da na lista restrita, pois o argumento de suposto sadismo do álbum - que poderia prejudicar o desenvolvimento sexual dos jovens - não era o suficiente para uma proibição. Segundo a decisão, ele contém "apenas uma sugestão surrealista à coisas desagradáveis e não uma descrição pormenorizada e real de violência".

O BPjM pretende apelar da decisão judicial, que levará pelo menos seis meses.

Enquanto isso, Rammstein podem vender a versão original do álbum. Um brinde à liberdade.

FONTE: http://www.karenkoltraneradio.com

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Jornalistas de Roraima são condenados por críticas no Twitter

A Justiça Eleitoral de Roraima condenou e multou, na última quarta-feira (9), dois jornalistas por críticas feitas ao governo do Estado e ao governador Anchieta Junior (PR) na rede social Twitter. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) será publicada na segunda-feira (14) no Diário Oficial da União. Os jornalistas ainda devem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As acusações de propaganda eleitoral negativa antecipada foram impetradas pelo PSDB, que não foi citado em nenhuma das redes sociais. Até o momento, apenas jornalistas twitteiros foram condenados.

A jornalista Andrezza Trajano foi processada três vezes. Na última decisão, foi condenada a pagar multa de R$ 5 mil por twittar que "faria campanha gratuita contra esse atual governo amador".

O jornalista e advogado José Raimundo Rodrigues Silva também foi condenado e chegou a ser proibido, através de uma liminar, de citar o nome do governador de Roraima, que é pré-candidato à reeleição. No entanto, de acordo com a decisão do TRE, Rodrigues já pode voltar a falar de Anchieta.

Em entrevista ao Terra, o jornalista afirmou ter se sentido vítima de censura prévia. "Trata-se de uma bem orquestrada campanha para censurar e intimidar aqueles poucos que ainda ousam fazer alguma crítica contra o atual governo. Me senti em plena ditadura militar e ainda me sinto censurado".

O outro lado

O advogado do PSDB Alexander Ladislau, autor das ações, disse que acredita que toda forma de expressão pessoal, principalmente a que pode ser acessada por outros, deve ser regulamentada, sob pena de se criar um mundo virtual sem lei.

Ladislau ainda afirmou que é advogado do partido e não do governo e não acredita que o caso se trate de censura. Ele acrescentou que a internet não é um campo neutro e que as leis brasileiras devem ser aplicadas a ela também. "O nosso ordenamento jurídico prevê a reparação do dano causado e a legislação eleitoral prevê multa pra quem ofende injustamente um pré-candidato. A regulamentação já existe, não fui eu quem a criou, só estou aplicando ao caso em concreto".

FONTE: http://noticias.terra.com.br/

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Censura? Projeto de Lei deve interferir na programação da TV por assinatura

Encontra-se em tramitação final na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 29/07 que cria novas regras para o setor de TV por assinatura e deve dar muito o que falar para os telespectadores que assinam esse serviço no país.

Em seu capítulo V, o projeto apresenta propostas, que se aprovadas segundo sua redação atual, irão modificar parte da programação das TV por assinatura. Entre as mudanças impostas estão cotas de conteúdo nacional dentro dos atuais canais internacionais, além de cotas de novos canais nacionais dentro dos atuais pacotes comprados pelos clientes, independentemente de sua reconhecida relevância, seu interesse ou sua escolha.

A proposta determina ainda, que por meio da Ancine (Agência Nacional do Cinema) seja definido o que é ou não "qualificado" para ser transmitidos pelos canais de TV a cabo. Além disso, o projeto de lei determina que os canais por assinatura deverão exibir 3h30 min semanais de programa nacional, a serem produzidos por produtoras independentes. Esse tempo, pode ser inserido no horário nobre, já que as cotas vão interferir nos horários de maior audiência.

De acordo com comunicado da empresa de TV por assinatura SKY, esse projeto deve prejudicar muito o consumidor desse serviço. "A SKY democraticamente discorda do texto atual do capítulo V deste projeto e entende que isto representa um ataque à sua liberdade de escolha. Contratos existentes entre canais e operadores serão quebrados, assim como os contratos entre as operadoras como a SKY e todos os assinantes de TV paga do Brasil", informa em comunicado a TV por assinatura.

O resultado desse projeto deve gerar mensalidades mais caras com conteúdo gerenciado e controlado. Há mais detalhes das mudanças previstas no site http://www.liberdadenatv.com.br

FONTE: http://www.administradores.com.br

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Chávez volta a censurar os meios de comunicação

É o lápis azul da censura de Hugo Chávez. O governo venezuelano decretou, na quarta-feira, a criação de um centro de análise encarreque de «recompilar, processar e analisar» informações sobre «qualquer aspecto de interesse nacional» que poderá ser declarada «reservada» ou «classificada», de maneira a limitar a sua divulgação, noticia o Globo.

Nada que seja novidade.Há uns tempos Chávez recrutou um «exército» de crianças para produzir propaganda

O Centro de Estudo Situacional da Nação (Cesna), tem o «objetivo de prover de apoio analítico-informativo o Executivo Nacional», diz o decreto publicado na edição de quarta-feira da Gazeta Oficial.

Entre as suas funções, o Cesna «poderá declarar de carácter reservada, classificada ou de divulgação limitada qualquer informação, facto ou circunstância, que no cumprimento de suas funções tenha conhecimento», continua o decreto do governo venezuelano. O mesmo executivo que não divulga há meses dados oficiais sobre vários aspectos, mas, principalmente, no que respeita às questões da insegurança e da saúde.

FONTE: http://www.tvi24.iol.pt