segunda-feira, 20 de julho de 2009

Classificação indicativa faz Globo cortar nudez de novelas

20/07/2009
Classificação indicativa faz Globo cortar nudez de novelas Em "Celebridade", no final de 2003, Juliana Paes mostrou os seios logo no primeiro capítulo. Depois, exibiu o bumbum. Na mesma novela, Deborah Secco fez topless. Em "Páginas da Vida", em 2006, Ana Paula Arósio fez striptease na noite de núpcias de sua personagem.Cenas como essas sumiram das últimas novelas das oito da Globo. E não vão retornar em "Viver a Vida", a próxima do horário, de Manoel Carlos, um velho adepto da nudez para levantar a audiência."Hoje a classificação indicativa está muito mais rígida", justifica Octavio Florisbal, diretor-geral da Globo, sobre o recato das produções da casa.O executivo aponta ainda mais dois motivos: a adoção de um manual de princípios e valores e a rejeição dos emergentes evangélicos -que hoje têm a opção de trocar as novelas da Globo pelas da Record. "As pesquisas mostram que parte do público é refratário a alguns excessos", afirma Florisbal.A classificação indicativa, também apontada por autores de novelas como "a nova censura", é a ferramenta pela qual o Ministério da Justiça determina o que é adequado ou não para determinado horário. Cenas de nudez, pelo manual do ministério, só depois das 22h.Pelas regras em vigor desde 2007, são as próprias emissoras que estipulam a classificação indicativa de suas obras, mas uma equipe do ministério assiste à programação da TV aberta e reclassifica os programas quando julga necessário.

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Juiz proíbe que Simão fale de Juliana Paes

17/07/2009
da Folha de S.Paulo

O juiz João Paulo Capanema de Souza, do 24º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro, determinou que o colunista José Simão, da Folha, se abstenha de fazer referências à atriz Juliana Paes, confundindo-a com a personagem "Maya", da novela "Caminho das Índias", da Rede Globo, sob pena de multa de R$ 10 mil por nota veiculada nos meios de comunicação.
A atriz moveu duas ações de indenização, uma contra o jornal e outra contra o colunista. Ela alega que Simão "vem publicando reiteradamente nos meios de comunicação em que atua, sobretudo eletrônicos (internet), textos que têm ultrapassado os limites da ficção experimentada pela personagem e repercutido sobre a honra e moral da atriz e mulher e sua família".
Anteriormente, a atriz havia ajuizado ação só contra a Folha na 4ª Vara Cível do Rio de Janeiro, mas não obteve a medida liminar. No último dia 6, o juiz Carlos Alfredo Flores da Cunha indeferiu o pedido.
Segundo Flores da Cunha, "atriz famosa, a autora será alvo de comentários e críticas, isto é inevitável. E não é possível, de antemão distinguir o que é mera informação, crítica jornalística, comentário irrelevante, ofensa etc. Tratando-se, portanto, de matéria controvertida, desacolho o pleito de antecipação de tutela".
Ao conceder a antecipação de tutela, o juiz Capanema de Souza disse não ver "ofensa ou aspecto pejorativo" nas considerações do colunista "sobre a "poupança" da atriz ou sobre o fato de sua bunda ser grande", já que "sua imagem esteve e está à disposição de quem quisesse e ainda queira ver", e qualificá-la "nos limites do tolerável".
Mas considerou que o colunista ofendeu "a moral da mulher Juliana Couto Paes, seu marido, sua família", ao "jogar com a palavra "casta" e dizer que Juliana "não é nada casta"."
José Simão diz que tomou conhecimento das ações ao ler a coluna do jornalista Ancelmo Gois, na edição desta quinta-feira no jornal "O Globo".
"É censura. A pessoa não pode determinar quando e o que falar dela. Isso tolhe totalmente a liberdade de expressão", afirmou. "Na hora em que estava escrevendo, achava que estava elogiando a atriz. Não quero me retratar", disse Simão.
Segundo o colunista, "a imagem que Juliana Paes passa para o Brasil é que ela é a "gostosa", e que todo homem fica "babando". Não vejo por que o termo "casta" ofende uma mulher moderna, liberada, atriz da Globo. Para mim, casta é pudica, e eu não admiro pessoas castas. É coisa medieval", afirmou.
As advogadas Taís Gasparian e Mônica Galvão, que representam a Folha, consideram que a decisão do juiz Capanema de Souza "trata o humor como ilícito e, no fim das contas, é a mesma coisa que censura".

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Senadores apresentam pedido de censura a Lula por chamar oposição de pizzaiola

16/07/2009
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser alvo de um voto de censura do Senado. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentou nesta quinta-feira um requerimento pedindo que o Senado aprove um ato de censura à declaração do presidente chamando os senadores da oposição de "pizzaiolos". O documento é assinado por outros 11 parlamentares de governo e oposição.
Para a censura ser confirmada, é preciso que a proposta seja aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois pelo plenário. Segundo Buarque, o presidente Lula fere a Constituição ao desrespeitar a independência dos Poderes. "O presidente não tem o direito de fazer isso. O Legislativo é um poder equivalente ao Executivo e merece respeito. Não podemos aceitar essa maneira desrespeitosa que o presidente Lula trata o Senado", disse.
Apesar de repreender a postura do presidente, o pedetista acusou Lula e seus aliados de serem "pizzaiolos". "Não vou dizer quem são, mas são aliados do presidente. Tem alguns sim, mas a Casa não. Os outros até podem dizer isso, mas o presidente Lula não. A imprensa tem direito, mas o presidente não, porque ofende outro Poder. O presidente precisa ter noção de que deseduca o país com atitudes como essa", disse.
Buarque disse ainda que o presidente não pode falar de pizzaiolos, porque pretende fazer uma grande pizza com a CPI da Petrobras. "Agora, como ele pode dizer isso se os pizzaiolos são os aliados dele que não querem deixar a gente apurar as irregularidades aqui e fazer uma grande pizza da CPI da Petrobras. Há intenção de o governo usar a força para não deixar investigar as denúncias", afirmou.
Os senadores Jefferson Praia (PDT-AM), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Mão Santa (PMDB-PI), que estavam no plenário, também condenaram as declarações do presidente. "Estamos querendo oficializar a nossa indignação a declaração do presidente que ofendeu ao Parlamento brasileiro", disse Mozarildo.
O vice-líder do governo, Gim Argello (PTB-DF), tentou minimizar a declaração e pediu desculpas em nome do presidente Lula. "É um exagero esse pedido de censura. O presidente Lula fala com o linguajar popular e não quis ofender ninguém", disse.
Ontem, questionado se a CPI da Petrobras acabaria "em pizza", o presidente Lula acusou a oposição de "gritar" enquanto ele trabalha e chamou os senadores de "bons pizzaiolos".
Em resposta, o Senado rejeitou a recondução do diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), Bruno Pagnoccheschi. Para contornar a situação, governistas adiaram para agosto a apreciação de outras indicações. Vários parlamentares da oposição usaram a tribuna para afirmar que a grande pizzaria do país é Planalto.

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Canal russo censura episódio de "South Park" com Vladimir Putin

13/07/2009
da Associated Press

O canal russo 2X2 cortou trechos de um episódio da série de animação "South Park" em que o primeiro ministro da Rússia, Vladimir Putin, é alvo de piadas dos personagens.
Segundo um porta voz do canal, o episódio que foi ao ar na quinta-feira, 9, mostrou Putin como um líder desesperado e ganancioso.
O porta-voz do canal, Andrei Andreyev, disse que o episódio censurado já foi ao ar em outras três ocasiões neste ano, mas se negou a explicar os motivos que levaram aos cortes das cenas.
A decisão causou muita discussão nos blogs do país, embora não seja possível definir se o corte foi decidido pelo próprio canal ou por autoridades do governo russo.

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China amplia restrições após conflito étnico e bloqueia Facebook

07/07/2009
da Folha Online

A rede social Facebook está inacessível há várias horas na China, comprovaram internautas no país e grupos de controle da censura da internet, em medida que ocorre três dias depois dos violentos confrontos étnicos ocorridos na cidade chinesa de Urumqi, nos quais, oficialmente, 156 pessoas morreram.
O bloqueio do Facebook marca um aumento das restrições aos internautas chineses que começaram no domingo, dia dos incidentes. Nesse esse dia, o serviço de microblogging Twitter também foi bloqueado no país. O acesso a outros sites estrangeiros também está muito difícil. A conexão à internet está muito lenta, enquanto páginas já antes bloqueadas, como Youtube, continuam inacessíveis.
A China é o país com mais internautas no mundo, 300 milhões, mas sofre uma dura censura de conteúdos na rede, especialmente em momentos de tensões políticas ou em datas "sensíveis" para o governo comunista.
A gravidade da situação na Província de Xinjiang levou o presidente chinês, Hu Jintao, que estava na Itália, a retornar para Pequim nesta terça-feira. Ele tinha ido à Europa para participar de um encontro do G8 (que reúne oito das maiores economias do mundo) com os governantes do G5 (os principais emergentes --África do Sul, Brasil, China, Índia e México) e mais o Egito, convidado da Itália.
A chanceler alemã, Angela Merkel, havia afirmado que ia pedir explicações ao presidente chinês sobre o confronto de domingo durante o encontro na Itália.
A abertura do encontro do G8 está marcada para esta quarta-feira na cidade italiana de Áquila, e Hu, juntamente com os demais países do G5 deveria participar das reuniões a partir da quinta-feira. A Ansa informou que a delegação chinesa permanece na Itália para participar da reunião.
Novos protestos
A etnia uigur está sob controle chinês desde 1955, quando foi fundada região autônoma de Xinjiang. Desde então são relatados choques entre os islâmicos e o governo, movimentos armados pró-independência, ataques terroristas e mortes de civis na área. Nada, contudo, como a violência que se viu nos últimos dias, classificada pelo governo como os piores distúrbios desde 1949.
Nesta terça-feira, membros da etnia muçulmana atacaram pessoas perto da estação de trem de Urumqi. Em outra parte da cidade, mulheres com lenços na cabeça também foram às ruas protestar contra a prisão de seus filhos e maridos.
Um grupo de cerca de mil jovens da etnia han levava pedaços de pau na mão e gritavam "Defenda o país" pelas ruas em um protesto que visava a vizinhança uigur da capital regional. A agência France Presse fala em cerca de 10 mil manifestantes da etnia han com armas improvisadas --como pedaços de pau, correntes e facas.
A polícia, contudo, bloqueou o acesso para a área da cidade onde vivem os uigures muçulmanos e lançaram gás lacrimogêneo para conter os manifestantes.
"Os uigures vieram a nossa região para quebrar coisas e agora nós vamos atacá-los", afirmou à France Presse um dos manifestantes da etnia han.
Segundo a agência Efe, um grupo de chineses da etnia han tentou entrar à força na mesquita de Hantengri, no centro de Urumqi, a fim de atacar uigures refugiados no local.
A mesquita, próxima ao hotel onde estão hospedados os jornalistas estrangeiros que cobrem o conflito, estava isolada pelos soldados, mas alguns chineses han, armados com paus, tentaram entrar várias vezes no templo, sem sucesso, por enquanto.
Alguns deles disseram à agência Efe que não há outra saída que fazer justiça com as próprias mãos, já que "o governo não pode fazer nada contra os uigures, por medo da comunidade internacional".
Segundo eles, os uigures atacaram comércios dos han em dias anteriores e não são oriundos da cidade, mas procedentes de outras zonas da região de Xinjiang, como Kashgar e Yili, que, em anos anteriores, também registraram incidentes violentos.
À margem destes grupos, a cidade está tranquila, sem automóveis pelas ruas, enquanto praticamente todos os uigures estão trancados em casa, por medo de represálias.

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Internautas furam bloqueio na web para divulgar confronto na China

06/07/2009
D'ARCY DROAN
da France Presse, em Xangai

A China não conseguiu bloquear totalmente a saída via internet de informações e imagens procedentes de Xinjiang depois dos distúrbios do domingo (5). Algumas dessas informações foram difundidas em sites como o Twitter e YouTube --tal como aconteceu recentemente com as manifestações no Irã.
As autoridades chinesas tentaram filtrar da rede o material relacionado com as violências que explodiram no domingo à noite em Urumqi, a capital regional, deixando pelo menos 140 mortos e centenas de feridos, segundo um último balanço oficial.
Mas as informações suprimidas reapareceram em sites com provedores fora da China, enquanto o Twitter transmitia imagens para todo o planeta.
Nesta segunda não era possível ter acesso na China a páginas de sites de relacionamento, assim como com o YouTube. As principais páginas de busca chinesas não mostravam qualquer resultado para a consulta "Urumqi".
Mas, assim como no Irã no mês pasado, as informações sobre Urumqi vazaram para sites sociais, de imagens e o Twitter no exterior.
Um internauta, que se apresentou como um universitário norte-americano, parece ter sido o primeiro a informar sobre os distúrbios através do Twitter, ao anunciar, antes dos meios de comunicação tradicionais, que as forças de segurança estavam bloqueando as estradas, e mais rapidamente ainda interrompendo as comunicações por meio de celulares e de mensagens SMS.
Finalmente, 12 horas depois do anúncio na internet, a televisão oficial exibiu nesta segunda as primeiras imagens das violências, com muitas pessoas ensanguentadas, carros em chamas e saques.
Alguns internautas chineses conseguiram burlar a censura para dar sua opinião, como a autora do blog Wen Ni'er, que consegui se manifestar num site do Google, depois de várias tentativas frustradas.
"Os sites na China continental apagaram sistematicamente meus textos, o que viola a lei chinesa e meus direitos e liberdade. Quero dizer até que ponto estou enojada expressar minha condenação por tais atitudes", escreveu.
O protesto começou pacificamente no domingo. Os manifestantes criticavam a morte de dois uigures em uma fábrica de brinquedos do sul do país, após eles terem sido linchados. Os uigures protestavam ainda contra a discriminação por parte da etnia han, dominante no país. A manifestação rapidamente se tornou um confronto de civis contra policiais e militares, que deixou 828 feridos na Província de maioria muçulmana.

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Twitter diz que suspendeu contas acidentalmente

06/07/2009
da Folha Online

O Twitter reconheceu neste domingo (5) que várias contas do serviço de microblogs foram suspensas durante o fim de semana, por uma falha do site. Segundo a empresa, a pane foi causada por erro humano.
O problema das contas suspensas foi intensamente comentada no Twitter, suscitando rumores sobre censura no site. O serviço não divulgou o número de contas afetadas ou o que, exatamente, causou a falha.
"Nós pedimos desculpas sobre a falha humana que levou a essas suspensões errôneas e estamos trabalhando para restabelecer as contas afetadas --esperamos que isso ocorra nas próximas horas", afirmou o site, em comunicado postado na página de serviço do Twitter.

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Imprensa de Honduras denuncia casos de censura

02/07/2009
Agência ANSA
Tegucigalpa - O governo de fato de Honduras, que tomou o poder por meio de um golpe de Estado no último domingo, mantém fechados os canais de TV e as emissoras de rádio que defendem o presidente deposto Manuel Zelaya. O dono do Canal 36, Esdras Amado López, denunciou hoje que sua emissora de TV está há mais de 100 horas fora do ar por conta da intervenção do Exército. "O canal continua sob o controle militar desde o último domingo. Nossas instalações estão sendo ocupadas por um batalhão de militares fortemente armados", revelou. López ressalta que a operação do Exército no edifício do Canal 36 é "ilegal, porque viola a Constituição da República e a Lei de Emissão do Pensamento". "Eu exijo que as autoridades, que enchem a boca dizendo que são democráticas e que respeitam a Constituição da República, reabram o Canal 36 sem [impor] nenhuma condição e que os responsáveis pela invasão sejam submetidos aos tribunais de Justiça por tão flagrante violação da liberdade de imprensa", afirmou o empresário. López disse que sua segurança pessoal está sendo garantida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Na mesma linha, o presidente da Associação de Jornalistas de Honduras, Élan Reyes, exigiu que o governo do presidente de fato, Roberto Micheletti, reabra os veículos da imprensa. "Apesar do que está acontecendo, acredito que a informação deve fluir sem nenhum tipo de restrição", defende Reyes, acrescentando que a imprensa deve praticar "um jornalismo responsável, prudente e equilibrado, sem nenhum tipo de restrição".
Os dirigentes trabalhistas que defendem a volta de Zelaya ao poder acusam os meios de comunicação favoráveis ao golpe de Estado de só noticiarem as manifestações em apoio ao governo de fato. Zelaya foi destituído no dia em que pretendia promover uma consulta popular sobre a realização de um referendo que seria realizado em novembro, para convocar a Assembleia Constituinte que redigisse uma nova Carta Magna. O presidente afirmava que sua intenção era instaurar em Honduras uma democracia participativa, que substituísse o atual modelo representativo. A oposição, por sua vez, alegava que a consulta popular era uma manobra de Zelaya para continuar no poder após o fim de seu mandato, em janeiro de 2010. Na semana passada, o Congresso Nacional do país aprovou uma lei para regulamentar a realização de referendos no país. Com a nova norma, o pleito do domingo foi declarado ilegal por não atender a uma série de exigências do texto votado no Legislativo. A realização da consulta popular também foi condenada pelo Judiciário do país. Os militares foram aconselhados a desobedecerem às ordens de Zelaya. No domingo, o então presidente foi detido por algumas horas e, em seguida, teve que deixar o país. O golpe foi duramente criticado pela comunidade internacional. Países da América Latina como Argentina, Brasil e Venezuela pediram a restituição do poder ao presidente deposto. Em gesto de desaprovação ao golpe, os Estados Unidos suspenderam os exercícios militares conjuntos com Honduras. A ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA) também condenaram o afastamento de Zelaya. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, irá amanhã ao país para notificar as autoridades sobre o retorno do presidente deposto.
Fonte:http://www.jornaldamidia.com.br

Hondurenhos enfrentam vazio de informação sobre crise no país

30/06/2009
da BBC Brasil


Os moradores de Tegucigalpa, a capital de Honduras, enfrentam um vazio de informações desde o início dos eventos que resultaram na deposição do presidente Manuel Zelaya no domingo. Ele foi derrubado pelo Exército, com apoio do Congresso e da Suprema Corte, e enviado à Costa Rica. O golpe aconteceu no dia em que Zelaya pretendia realizar uma consulta popular sobre uma nova Constituição, que havia sido considerada ilegal pela Justiça.
Os sinais das emissoras estatais de rádio e televisão, assim como os de outras cadeias internacionais privadas, foram suspensos temporariamente. Também há denúncias de agressões contra jornalistas e instalações físicas de empresas de comunicação.
"Estamos desinformados e cheios de rumores", disse à BBC Mundo uma diretora da ONG Christian Aid em Tegucigalpa, Maritza Henriquez.
Na segunda-feira, um dia após a queda do presidente, a pouca informação que os hondurenhos tinham sobre o que estava acontecendo no país circulava de boca a boca.
"Como cortaram até a luz, procuramos lugares onde podemos encontrar a informação sobre o que está acontecendo. Algumas pessoas ligam os carros para poder escutar algumas notícias. No domingo, ficamos o dia todo sem energia", disse Henriquez.
O jornalista hondurenho Manuel Torres disse à BBC Mundo que há uma forte censura nos meios de comunicação.
"Se você sintonizar uma das emissoras de rádio de Honduras, ouvirá que a informação é mínima sobre os eventos. Quase toda a grande imprensa do país se dedicou a entrevistar os novos funcionários do governo", disse Torres.
"A tendência dos meios de comunicação tem sido impor o critério de que o que ocorreu no domingo não foi um golpe de Estado, mas uma 'troca de administração'", afirmou o jornalista.
O rádio na mira
A Radio Globo Honduras denunciou, em seu website, que um comando militar invadiu as instalações da rádio e tirou o sinal da emissora do ar nas horas que seguiram à deposição de Zelaya no domingo.
"Depois de negociações com os militares, a rádio retomou as operações, mas sob uma série de condições que limitam a liberdade de expressão no país", disse o gerente-proprietário da emissora.
A organização Repórteres sem Fronteiras informou que quatro horas depois da queda de Zelaya, cerca de 25 militares invadiram a emissora Radio Progreso, pertencente a Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica, e localizada nos arredores da capital.
"A Radio Progreso, agora na mira dos militares, ainda não decidiu quando retomará sua programação", afirma a organização.
A Radio Globo Honduras informou, durante sua cobertura, que 95% dos meios de comunicação nacionais deixaram de emitir qualquer tipo de informação sobre a deposição do presidente.
Sinal
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) emitiu um comunicado manifestando a preocupação da organização com a crise política e a "limitação da liberdade de informação" em Honduras.
O presidente da SIP, Enrique Santos Calderón se referiu a "suspensão temporária de sinais de rádio e televisão estatais, assim como de outras cadeias internacionais e privadas, e vários eventos e agressões registrados contra jornalistas e instalações físicas de alguns meios de comunicação".
Segundo a organização, depois da destituição de Zelaya e da imposição do toque de recolher por 48 horas, a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) proibiu que as empresas de canais por cabo emitissem seus sinais.
"Com esta medida, foram afetadas as recepções das transmissões da CNN Español, Telesur e Cubavisión Internacional. Antes disso, soubemos que a rádio e a televisão estatal foram suspensas durante várias horas", diz o comunicado.
A SIP destacou ainda que, segundo os meios de comunicação hondurenhos, jornalistas e fotógrafos teriam sido "agredidos e insultados" por grupos contrários à deposição de Zelaya.
"Em San Pedro Sula, o jornal 'Tiempo' informou que militares visitaram suas instalações e as do Canal 11 e ordenaram o fim das transmissões com declarações de funcionários do governo deposto", afirmou a organização em comunicado.
Nenhum país reconheceu o novo governo hondurenho, que tomou posse no domingo, horas depois da deposição de Zelaya.

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"Blogs são imprensa livre que não temos", diz blogueiro do Irã

29/06/2009
RAUL JUSTE LORES
da Folha de S.Paulo, em Pequim

Em fevereiro, o jornalista e blogueiro iraniano Roozbeh Mirebrahimi, 30, foi condenado pela Justiça iraniana a dois anos de prisão e 84 chicotadas, por "propaganda contra o sistema", por "difamação do Supremo Líder" e por "perturbar a ordem pública".
A sentença saiu quando Mirebrahimi já estava em Nova York --ele fugiu há dois anos do Irã, depois de ficar desempregado nos primeiros dois anos do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad, cuja reeleição no último dia 12 provocou uma inédita onda de protestos contra o regime islâmico.
"Fiquei em uma lista negra", diz o jornalista.
Mirebrahimi estava no grupo dos quatro primeiros blogueiros que foram presos no Irã, no final de 2004, depois de revelar detalhes de uma investigação sobre a morte de uma jornalista no país.
Ele apanhou, foi torturado e abusado sexualmente nos 60 dias em que ficou preso. "Envelheci trinta anos na prisão" é o máximo que ele diz hoje sobre o período.
Formado em ciência política pela Universidade de Teerã, a melhor do país, ele nasceu em 1979, ano da vitória da Revolução Islâmica, em um vilarejo às margens do mar Cáspio. Filho de um taxista com uma costureira, Mirebrahimi morava em uma pequena casa na zona sul de Teerã, a mais pobre da capital, com a mulher, também jornalista e blogueira.
Tratado como herói na blogosfera iraniana, hoje ele edita um jornal sobre o Irã no exterior e colabora com a "resistência-cyber", enviando programas que ajudam a driblar a censura iraniana para seus amigos que ainda estão no país.
Ele conversou com a Folha por telefone sobre as manifestações que perdem fôlego no Irã sob a repressão do regime. Mirebrahni diz que internet sozinha não faz revolução.
Passeata e CNN
Não se faz revolução só pela internet. É bom ter passeata, ter manifestação, com cartazes. O povo precisa estar na rua, fico pessimista ao ver que as pessoas estão apavoradas em casa, com medo de apanhar, da prisão ou de morrer. É bom conquistar blogs, mas precisamos estar na CNN, no "New York Times", na imprensa tradicional. Achar que dá para mudar o regime só no Twitter [portal de mensagens breves] é ingênuo.
Driblar a censura
Há centenas de blogueiros iranianos, como eu, que tiveram que fugir do país. Uma de nossas responsabilidades é suprir quem ficou com os mais modernos filtros, vpns, proxies [mecanismos de conexão indireta] que sirvam para driblar a censura.
Blogosfera livre
A TV estatal iraniana tem martelado diariamente que os opositores são malvados, violentos, irresponsáveis. A raiva só aumenta. Com 30 anos de TV estatal iraniana, pouca gente nas cidades acredita no que ela fala, só mesmo em vilarejos, no campo. As pessoas buscam outras fontes de informação. A blogosfera é a imprensa livre que nós não temos.
De porta em porta
Quando o governo cortou toda a comunicação por celulares e tirou a internet do ar, tive amigos imprimindo discursos em papel e colocando por debaixo das portas. Outros gritam de janela em janela. Os jovens iranianos estão desesperados por mudança.

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Lula classifica como "censura" projeto de lei sobre crimes na internet

26/06/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (26) que a chamada "Lei Azeredo", que tipifica crimes cometidos na internet, tem o objetivo de "fazer censura" na rede. A afirmação foi feita durante o 10º Fisl (Fórum Internacional do Software Livre), que acontece em Porto Alegre, informa a repórter Daniela Arrais, repórter do caderno Informática da Folha, em post no blog Circuito Integrado.
A matéria gera críticas de diferentes setores da sociedade civil, por supostamente ter o potencial de promover a criminalização em massa de usuários de internet.
"A lei que está aí não visa proibir abuso de internet. Ela quer fazer censura", afirmou Lula. O presidente afirmou, ainda, que não se pode condenar a maioria das pessoas por conta de ações pontuais negativas. "As pessoas de bem são maioria. Não vamos ficar assim porque de vez em quando aparece um maluco. Os que promovem a vida são muito mais numerosos."
A matéria, aprovada em votação simbólica no Senado, está em apreciação pela Câmara.O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que concebeu o texto da lei aprovado, faz parte da oposição ao governo Lula e nega essas acusações.
O ministro Tarso Genro (Justiça) já havia criticado o projeto. Em carta, revelou que trabalha para que artigos do texto sejam vetados.
No total, o projeto cria 13 novos crimes, com penas que variam de um a três anos de prisão na maioria dos casos. O texto considera crime estelionato e falsificação de dados eletrônicos ou documentos; criação ou divulgação de arquivos com material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes; roubo de senhas de usuários do comércio eletrônico; e divulgação de imagens privadas.


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Veto à pornografia na China atinge também os sites científicos

25/06/2009
da France Presse, em Pequim


A China decidiu reforçar a campanha contra a pornografia, vetando o acesso a páginas de internet com informações sexuais, mesmo as de caráter científico. As novas normas, que entrarão em vigor no dia 1º de julho, determinam que os sites que remetem a estudos e perguntas vinculadas à sexualidade serão acessíveis somente aos profissionais da saúde e aos pesquisadores, afirma o jornal "China Daily".
Quase 1.000 endereços eletrônicos foram fechados desde o início do ano na China por serem considerados pornográficos ou vulgares. "Alguns deles estavam em páginas sobre saúde, apesar de propagar conteúdos pornográficos", alegou uma fonte do ministério da Saúde citada pelo jornal oficial.
Além disso, o site de buscas em inglês Google permaneceu inacessível durante mais de duas horas na noite desta quarta-feira (24), segundo o jornal, que não explica os motivos. Na semana passada, as autoridades chinesas bloquearam alguns resultados da ferramenta de buscas, sob a acusação de que o Google não instalou os filtros exigidos pela lei chinesa para barrar informações pornográficas.
A Google China prometeu se esforçar para limpar os "conteúdos vulgares".
A China, país com mais internautas do mundo (quase 300 milhões) lançou em janeiro uma campanha contra a pornografia. Recentemente, as autoridades ordenaram que todos os computadores pessoais vendidos no país a partir de julho contenham um programa antipornografia.
A medida gerou inquietações dentro e fora do país. As autoridades americanas pediram ao governo de Pequim a não aplicação da medida.
"A China coloca as empresas em uma posição insustentável ao pedir, praticamente sem aviso público, que instalem de maneira prévia um programa que parece ter implicações de censura mais amplias e problemas de segurança das redes", afirmou o representante do Comércio Exterior dos Estados Unidos, Ron Kirk, em uma carta assinada com o secretário do Comércio, Gary Locke.
A organização profissional Computer and Communications Industry Association (CCIA) anunciou que não deseja ser cúmplice da censura exercida pelo regime chinês.



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Câmara britânica veta parte dos dados sobre seus gastos

19/06/2009
da Folha de S. Paulo


Como prometido pelo primeiro-ministro Gordon Brown, o Parlamento britânico divulgou nesta quinta-feira os detalhes do uso de verbas públicas e auxílios de despesa por seus integrantes. Mas não todos.
As reproduções dos documentos de declaração de gastos dos integrantes da Câmara dos Comuns contêm trechos censurados, em que informações são cobertas por tinta preta, impedindo sua leitura.
Os gastos fúteis com "mimos" pessoais que, revelados pela imprensa local, deflagraram uma onda de indignação entre eleitores --como a compra, com dinheiro público, de filmes pornográficos, adubo para o jardim ou comida para cachorro-- estão na sua maioria no site do Parlamento.
No entanto informações centrais no recente escândalo de malversação de verbas por políticos no Reino Unido foram censuradas sob o argumento de que revelariam informações pessoais dos parlamentares e poderiam expô-los a um risco desnecessário.
Entre esses dados vetados, estão as declarações de "segunda residência" em Londres, ou seja, casas e apartamentos que os integrantes da Câmara, muitos vindos de outras regiões do país, têm o direito de comprar com verbas públicas de auxílio-moradia.
Embora questionáveis, os gastos fúteis não configuram crime propriamente. É no uso de auxílio-moradia para a "compra" de residências, que em alguns casos já eram de propriedade dos parlamentares, ou no superfaturamento de hipotecas, que se encontram indícios de ilegalidade.
Nesta quinta-feira, o jornal "The Guardian" publicou reportagem segundo a qual a polícia londrina estuda abrir inquéritos para investigar possíveis desvios.
Investigadores, disse o diário, já estão analisando declarações de gastos de alguns integrantes do Parlamento.No centro das investigações estão parlamentares que, se suspeita, tenham declarado "hipotecas-fantasmas".
Em contraste com a "censura" desta quinta-feira, muitos parlamentares britânicos reagiram à pressão política e devolveram aos cofres públicos recursos que receberam de verbas e auxílios do Parlamento.
Segundo o "Daily Telegraph", jornal londrino responsável pela publicação inicial dos gastos abusivos, a soma do total de dinheiro devolvido já alcança 500 mil libras (pouco mais de R$ 1,6 milhão).
O líder da oposição, David Cameron, que lucrou com a crise, já que seu impacto provocou um desgaste muito maior no partido da situação, o Trabalhista, anunciou ontem que devolverá aos cofres públicos cerca de 1.000 libras (R$ 3.245).

FONTE: http://www.folha.uol.com.br

Diretor de escola recolhe livros com palavrões de biblioteca em União da Vitória (PR)

18/06/2009
VERIDIANA RIBEIRO
da Folha Ribeirão, em São Paulo
O diretor de um colégio estadual de União da Vitória, no Paraná, retirou dois exemplares dos livros "Amor à Brasileira" e "Um Contrato com Deus e Outras Histórias de Cortiço" da biblioteca da escola e denunciou o conteúdo das obras ao Ministério Público do Estado por considerá-las "pornográficas" e "pejorativas".
Brugnago, que também é vereador pelo PSDB na cidade, pede que todos os exemplares dessas obras sejam retirados das escolas públicas do Paraná. Os livros foram distribuídos às escolas pelo PNBE (Programa Nacional das Bibliotecas Escolares), do governo federal.
Segundo o diretor, os livros retirados foram entregues ao Ministério Público Estadual para análise. A representação foi feita em 18 de maio.
"A literatura brasileira é tão vasta e tão rica que não precisa utilizar de termos tão baixos em livros de escola. Tem tanta coisa mais importante para ensinar", disse o diretor. O Colégio Estadual São Cristóvão tem cerca de 2.000 alunos de ensino fundamental e médio. As obras eram destinadas ao ensino médio.
No livro "Amor à Brasileira", Brugnago critica um dos contos da obra, escrito pelo jornalista Rodolfo Konder, que recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em 2001. O diretor argumenta que o texto tem conteúdo pornográfico e traz termos chulos, como "buceta". Na outra obra, do quadrinista Will Eisner, Brugnago aponta cenas de sexo e violência em quadrinhos.
José Jackiw, do Núcleo Regional de Educação de União da Vitória, que representa a Secretaria da Educação do Paraná, criticou a medida. Segundo ele, a atitude denota censura.Na próxima semana, Jackiw deve se reunir com o diretor para pedir explicações e perguntar por que o Núcleo Regional não foi consultado antes das medidas. O caso deve ser encaminhado à secretaria.
O Ministério da Educação informou que a escolha de todos os livros distribuídos pelo PNBE segue critérios técnicos apontados por universidades. O ministério disse ainda, por meio de sua assessoria, que não pretende retirar os dois títulos do programa e que o diretor age por "obscurantismo". União da Vitória tem 51 mil habitantes.
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Censura faz parte da rotina no Irã, diz jovem envolvido em protestos

17/06/2009
MARCIA SOMAN MORAES
da Folha Online
Nos últimos dois dias, o governo do presidente reeleito, Mahmoud Ahmadinejad, fechou o cerco contra a imprensa, expulsando os jornalistas estrangeiros e ameaçando imprensa on-line e blogs que noticiarem a crise política no país. A medida não surpreendeu o iraniano A.H.Z., 25, para quem "o governo não quer que o povo saiba a verdade". A identidade do iraniano foi preservada por questões de segurança.
"São medidas amplas, mas não novas. A rotina iraniana é de censura", conta A.H.Z., estudante universitário da cidade de Shiraz, na Província de Fars.
Apesar de não ter votado no pleito de 12 de junho, A.H.Z. se define como opositor e decidiu ir às ruas por não acreditar que Ahmadinejad tenha ganho 63% dos votos contra apenas 34% de Mousavi --já que as pesquisas de intenção de voto indicavam um cenário acirrado.
O resultado, que ainda deve ser ratificado pelo Conselho dos Guardiães, causou uma onda de protestos inédita desde a Revolução Islâmica de 1979.
O universitário relatou que as forças de segurança do governo reprimem com violência os protestos. Ele diz ter medo de voltar às ruas depois de ter sido ferido nas costas com um cassetete na manifestação de domingo passado (14). "Eles [agentes] não pediram para que parássemos, não deram nenhum tipo de alerta. De repente, começaram a atacar todo mundo com cassetetes", conta A.H.Z.. "Todo mundo começou a correr em busca de abrigo. Alguém abriu a porta e eu entrei em uma casa."
A.H.Z. ficou cerca de 20 minutos na casa, depois seguiu para o hospital onde foi medicado para o ferimento nas costas. O episódio fez com que ele e amigos evitassem participar dos protestos convocados diariamente pela oposição. O temor, explica, é ainda maior desde que sete pessoas morreram em confrontos entre manifestantes oposicionistas e milícia ligada à Guarda Revolucionária na segunda-feira passada (15).
Mídia
Ele conta que a mídia estatal ignorou por quatro dias os protestos em massa da oposição, liderados pelo candidato reformista derrotado, Mir Hossein Mousavi, contra suposta fraude na reeleição de Ahmadinejad. "Quando mostraram [os protestos], eram imagens dos danos causados em bancos, carros, como se os opositores fossem criminosos."
Ele duvida que as manifestações possam alterar o resultado já divulgado. "Podem contar mais de dez vezes os votos", disse, em referência à proposta apaziguadora do Conselho de fazer a recontagem parcial dos votos. "Ahmadinejad tem grande apoio do aiatolá [líder supremo do Irã] e do próprio Conselho", diz. "Nada vai mudar. Ahmadinejad será o presidente do Irã mesmo sem ter conquistado todos os votos", diz.

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Iranianos usam internet para tentar driblar censura

16/06/2009
da BBC Brasil
Com o bloqueio do acesso a diversas páginas na internet, iranianos adotaram a postura de utilizar ferramentas online para tentar driblar a censura do governo e propagar informações, imagens e vídeos do clima de tensão no país.
Os sites mais populares têm sido o Twitter e o Facebook, mas iranianos também têm usado o YouTube, o Flickr e o MySpace para postar material, por meio de ferramentas que driblam os bloqueios impostos pelas autoridades iranianas.
A guerra virtual tem sido tão intensa que simpatizantes do presidente reeleito, Mahmoud Ahmadinejad, também têm atacado a oposição na internet.
Segundo o professor Charles Harb, da Universidade Americana de Beirute, e especialista em mídia social, o que está acontecendo no Irã é uma espécie de revolução virtual que o governo local não consegue controlar.
"Em uma região onde governos seguidamente tentam monitorar a mídia e o fluxo de informação, a internet se transformou em um canal incontrolável de propagação de ideias", disse Harb.
Segundo o pesquisador, se antigamente era o bastante fechar jornais e emissoras de rádio e televisão, hoje governos encontram muito mais dificuldades com a internet.
Harb também avalia que a mídia tradicional tem usado informações de cidadãos como fontes e aponta o Twitter como a ferramenta mais eficiente para transmitir tudo que ocorre no Irã. "É incrível a quantidade de pessoas enviando informações por meio do twitter", afirma.


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Em meio a protestos da oposição, Irã expulsa jornalistas estrangeiros

16/06/2009
da Folha Online
O Ministério de Guia e Orientação Islâmica iraniano anulou nesta terça-feira as permissões de trabalho que havia concedido a jornalistas e agências de notícias estrangeiros e advertiu que está proibida a cobertura de qualquer ato público sem autorização do órgão.
A medida de censura foi um passo além do governo, que costuma coibir "apenas" o registro de imagens de protestos contra o governo, para tentar conter os efeitos da onda de violência e manifestações em massa contra a reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na eleição de sexta-feira passada (12).
Os resultados provisórios, que devem ser ratificados pelo Conselho para que a reeleição seja oficial, deram a vitória ao atual presidente com cerca de 62% dos votos contra 34% do líder da oposição e candidato derrotado Mir Hossein Mousavi --embora as pesquisas de intenção de voto indicassem uma disputa acirrada.
Impulsionado por cerca de um milhão de apoiadores e a manchete dos principais jornais internacionais, Mousavi levou seus protestos de fraude eleitoral ao Conselho dos Guardiães, órgão de 12 integrantes que é a base da teocracia iraniana.
Normalmente ignorada, a denúncia da oposição ganhou apoio do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, que intercedeu por Mousavi no Conselho. O órgão anunciou nesta terça-feira que não anulará a eleição, como queria Mousavi, mas fará a recontagem dos votos nas urnas supostamente fraudadas --uma medida que deixou a oposição cética quanto à mudanças.
Em um fax enviado ao escritório da agência Efe em Teerã, o ministério diz que "todas as representações da imprensa estrangeira devem evitar qualquer atividade jornalística sem coordenação e sem permissão do escritório geral dos meios de comunicação estrangeiros e de Guia Islâmica".
"Não devem participar de nenhum ato que não tenha sido anunciado por parte deste escritório e devem evitar cobrir concentrações que sejam ilegais", acrescenta, em uma referência às manifestações convocadas pela oposição.
Procurados pela Efe, os funcionários do ministério explicaram que as credenciais que tinham sido estendidas aos jornalistas para se movimentar pela cidade foram canceladas e que, por enquanto, os repórteres devem permanecer apenas nos escritórios e fazer reportagens com fontes oficiais e entrevistas por telefone.
O ministério anunciou ainda que não se responsabilizará pelo que acontecer caso os jornalistas não respeitem a ordem.
Acusação
No domingo passada (13), o presidente reeleito acusou a imprensa estrangeira de intervir nos assuntos internos do país e de mostrar uma imagem negativa e enganosa do que está acontecendo no Irã.
Depois de defender a eleição como "livre e saudável", Ahmadinejad afirmou que os estrangeiros não devem se preocupar com o que ocorre no país, porque no Irã há total liberdade.
Nesta terça-feira, a rádio estatal divulgou informações de agências de notícias estrangeiras para demonstrar que, em sua opinião, estes meios de comunicação tentam criar distúrbios no país.
Há quatro dias, o Irã é palco de protestos e violentos confrontos --que já deixaram sete mortos, segundo a rádio estatal-- entre forças de segurança e seguidores da oposição.

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Alvo de críticas, governo chinês manda empresa consertar filtro antipornografia

15/06/2009
da Folha Online
Depois de críticas aos riscos de segurança gerados por um filtro antipornografia na internet, o governo da China determinou que os problemas do software sejam resolvidos. A partir de 1º de julho, os PCs vendidos no país vão vir com um programa para impedir que crianças acessem pornografia na internet, mas críticos afirmam que a medida tem o objetivo de intensificar a censura.
Na semana passada, pesquisadores da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, afirmaram que o programa tem sérios problemas de segurança --seria possível, por exemplo, que pessoas mal intencionadas controlassem o computador dos usuários de forma remota.
Os pesquisadores afirmaram também que o sistema bloqueia não só conteúdos relacionados a textos obscenos, mas também frases consideráveis condenáveis pelo Partido Comunista.
Usuários que já testaram o programa afirmam que ele bloqueia o acesso a um amplo leque de conteúdos, de discussões sobre homossexualidade a imagens de histórias em quadrinhos como Garfield.
Segundo o jornal "China Daily", o governo da China pediu à empresa Jinhui Computer System Engineering, responsável pelo sistema, que as falhas fossem corrigidas. "O Ministério de Indústria e Tecnologia da Informação pediu que nós tornássemos o software mais seguro", afirma Zhang Chenmin, gerente-geral da companhia.
O programa já foi baixado 7,17 milhões de vezes do site da empresa e 2,62 milhões de computadores de escolas no país já o utilizam. Zhang admitiu que piratas virtuais podem atacar o sistema devido às falhas. "Assim como qualquer outro software desse tipo", diz. "Nós somos mais especialistas em produzir filtros de internet do que em segurança."
O governo do país determinou que o programa deve vir já instalado no computador ou disponível em um CD. Os fabricantes serão obrigados a revelar às autoridades quantas máquinas foram vendidas com o software, desenvolvido por uma empresa chinesa.




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Dunga parte para grosseria em entrevista e soca mesa

15/06/2009
EDUARDO ARRUDAPAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Bloemfontein
A insistência no assunto transferência de Kaká do Milan para o Real Madrid fez Dunga partir, várias vezes, para a grosseria em entrevista (obrigatória) organizada pela Fifa antes do primeiro jogo da seleção na Copa das Confederações, que será realizado nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), contra o Egito.
O tema já havia sido vetado pela própria entidade máxima do futebol, numa espécie de censura prévia da entrevista, que além do treinador brasileiro contou com o próprio Kaká e com o goleiro Júlio César.
Quem não respeitou a ordem recebeu as estocadas de Dunga, que depois do anúncio oficial da transferência, na última segunda-feira, vetou o assunto no ambiente da seleção.
Primeiro, o treinador da seleção fez sinais de que o som do microfone deveria ser cortado quando um jornalista italiano tocou no assunto proibido.
Depois, quando um outro italiano pediu para o meia-atacante mandar uma mensagem aos torcedores do Milan, o técnico brasileiro socou a mesa, demonstrando muita irritação.
Pior aconteceu nos momentos seguintes ao fim da entrevista. Um espanhol que tentou se aproximar de Kaká ouviu de Dunga que ele não havia estudado, porque não teria entendido que o jogador não falaria sobre o Real Madrid. Antes de passar pela saída, ainda ironizou um outro espanhol perguntando a ele se sabia o que significava a palavra "chato''.
Mesmo com o bom momento da sua equipe, Dunga disparou.
"O Brasil nunca é bom. Antes dos jogos, o nosso rival é forte. Depois, quando a gente ganha, vira fraco'', falou Dunga, que ainda disse que a Copa das Confederações da África do Sul não irá afetar na avaliação de sua performance pela CBF.
"Disseram, quando eu assumi a seleção, que eu não ficaria por dois meses, mas já estou aqui há três anos'', disse o treinador, que foi vago ao responder quem dizia que seu time "nunca era bom''.
"É só você só ler o que foi escrito'', falou Dunga, para depois ponderar: "Não são todos [que criticam seu trabalho], logicamente. Muitas pessoas entendem o trabalho que a gente faz. Muitas vezes a gente erra, outras vezes a gente acerta''.


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Inspetores negam censura em novo filme de Lars von Trier

13/06/2009
colaboração para a Folha Online
Os inspetores da British Board of Film Classification (BBFC) negaram que o filme "Anticristo", do diretor dinamarquês Lars von Trier, sofrerá censuras no Reino Unido, informou o site Hollywood Reporter.
A produção, que gerou polêmica por conter cenas de sexo, violência e auto-mutilação, será lançada nos cinemas britânicos sem nenhum corte, contendo apenas a restrição a menores de 18 anos.
"As cenas de sexo, ainda que sejam fortes, são relativamente breves, e nós aprovamos um grande número de filmes com imagens semelhantes desde 1990", disse David Cooke, diretor da BBFC.
"Os adultos devem estar livres para decidir sozinhos o que assistir e o que não assistir", concluiu.
Philip Knatchbull, presidente da Artificial Eye, distribuidora do filme no Reino Unido, endossou a decisão da BBFC. "Não há dúvidas de que "Anticristo" é um filme controverso, mas é nosso dever como distribuidor apresentar o trabalho de diretores talentosos como Lars von Trier em sua forma original", disse.
A atriz Charlotte Gainsbourg recebeu prêmio de melhor atriz por seu papel em 'Anticristo' no 62º Festival de Cannes, em maio.

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Sob acusação de censura, China defende software para filtrar conteúdo pornô

11/06/2009
da Associated Press
A mídia oficial da China defendeu nesta quinta-feira (11) a medida para que cada computador vendido no país a partir de 1º de julho tenha um programa programa de controle que permita bloquear sites pornográficos. Críticos afirmam que a decisão, na verdade, tem o objetivo de aumentar a censura à internet.
Usuários que já testaram o programa afirmam que ele bloqueia o acesso a um amplo leque de conteúdos, de discussões sobre homossexualidade a imagens de histórias em quadrinhos como Garfield.
As autoridades chinesas raramente justificam suas medidas para controlar o acesso a conteúdos na internet. Rapidamente, o governo bloqueia sites que critiquem o Partido Comunista ou falem sobre liberdade religiosa e a política para o Tibet, por exemplo.
Desta vez, entretanto, a orientação parece ser diferente. A TV oficial CCTV, por exemplo, exibiu uma reportagem elogiosa sobre o filtro, afirmando que "um grande número de pais e especialistas" apoia a instalação do software.
Já o jornal "Guangming Daily" publicou praticamente a mesma reportagem, afirmando que o filtro leva a um "gerenciamento civilizado do acesso à internet".
O governo do país determinou que o programa deve vir já instalado no computador ou disponível em um CD. Os fabricantes serão obrigados a revelar às autoridades quantas máquinas foram vendidas com o software, desenvolvido por uma empresa chinesa.
Segundo a Computer & Communications Industry Association, com sede em Washington, bloquear pornografia é compreensível, mas o filtro pode ser facilmente usado para ampliar a censura. "A diferença agora é que o software leva a censura ao nível de cada computador", afirma Rebecca Mackinnon, professora da Universidade de Hong Kong, que estuda a censura na mídia da China.

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Após 20 anos, China ainda mantém censura sobre história do massacre

04/06/2009
da Folha Online
O massacre de estudantes e trabalhadores que protestavam pela democracia na China, em 4 de junho de 1989, é um tabu para o governo do país. Após 20 anos, a cena de um único estudante tentando impedir o avanço de uma coluna de tanques na Avenida da Paz Eterna (Chang'An) é totalmente desconhecida pelos chineses.
As informações são de Raul Juste Lores, correspondente da Folha em Pequim e responsável por um blog da Folha Online. Ele diz que, desde a ocasião, o governo chinês tem censurado qualquer assunto que remeta ao massacre. O tema não é citado em escolas e livros didáticos e na internet há um bloqueio para qualquer referência ao caso.
"Hoje, vários sites estão bloqueados: YouTube, Twitter, Blogger, Flickr. Inclusive, quando a BBC e a CNN provavelmente passam reportagens alusivas aos 20 anos, o que eu vejo na minha TV é uma tela escura", relata o colunista.
De acordo com Lores, isso ocorre porque as emissoras internacionais mantêm um acordo com o governo chinês. O conteúdo da programação que entra no país sofre "delay" (atraso) de um minuto. Com isso, os órgãos censores assistem antes e decidem o que pode ou não ser exibido. Quando alguma reportagem sobre o massacre é veiculada, a transmissão desaparece, segundo o jornalista.


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Sri Lanka rejeita investigação por violação dos direitos humanos

31/05/2009

da France Presse, em Colombo.

O governo do Sri Lanka voltou a recusar neste domingo (31) os pedidos de uma investigação por violação dos direitos humanos, após as acusações de que milhares de civis morreram na ofensiva final do Exército contra os separatistas tâmeis.
O ministro cingalês da Comunicação, Yapa Abeywardena, afirmou que as organizações que pedem uma investigação têm "outros motivos" e rejeitou as solicitações de uma investigação independente da fase final da guerra contra os rebeldes dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE).
"Os que apresentam diversos balanços de vítimas civis e pedem estas investigações devem ter outros motivos", declarou Abaywardena.
O ministro afirmou que o governo de Colombo está avaliando o número de vítimas civis, mas não divulgou dados.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) pediu uma investigação independente do número de civis mortos na ofensiva militar que esmagou os Tigres Tâmeis e pediu que ONU divulgue um cálculo próprio de vítimas civis.
O diretor da ONG para Ásia e Pacífico, San Zarifi, acusou as duas partes beligerantes de cometerem crimes de guerra.
O jornal britânico "The Times" informou na sexta-feira (29), com base em fontes da ONU que pediram anonimato, que mais de 20.000 não combatentes morreram nos bombardeios do Exército cingalês em maio.
Colombo negou a informação e conseguiu evitar durante a semana uma moção de censura dos países ocidentais no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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Após processo, Band passa a gravar "CQC", diz Daniel Castro

27/05/2009
Após uma liminar, concedida pela Justiça na última sexta-feira (22), que impediu a reprise de um trecho do "CQC" em que o apresentador Marcelo Tas se referia à banda Sexy Dolls como "prostitutas", a Band decidiu gravar o programa exibido nesta semana.
A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Daniel Castro na Folha desta quarta-feira (27). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.
Após a gafe, Tas admitiu e corrigiu o erro em seguida, mas o grupo ameaça processá-lo por calúnia.
Usualmente, o "CQC" é exibido ao vivo, mas a Band nega tentativa de controlar erros ou excessos.
Questionada pela coluna, a emissora afirma que o programa foi gravado por "uma questão operacional". O apresentador também nega qualquer censura e diz acreditar que a gravação foi mesmo por motivos técnicos. Tas alega que, há três semanas, um intervalo comercial não entrou.
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EBC muda texto de ouvidor que criticou credibilidade de informações; empresa nega interferência

THIAGO FARIA
colaboração para a Folha Online

20/05/2009

A empresa de comunicação do governo, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), antiga Radiobrás, decidiu na semana passada mudar a crítica semanal que o ouvidor da empresa faz sobre o jornalismo praticado pela "Agência Brasil". Na crítica, o ouvidor-adjunto Paulo Machado aponta diversos erros de informações em notícias veiculadas no noticiário da agência, colocando em dúvida a credibilidade da empresa.
Com o título "Credibilidade da agência pública de notícias", Machado relaciona erros apontados por leitores e a respectiva resposta da "Agência Brasil", que em alguns casos não reconhecia o erro de informação.
A crítica, publicada nas manhãs das sextas-feiras, ficou parada no sistema interno da EBC e não foi ao ar. A coluna semanal do ouvidor foi publicada apenas no sábado (16), com um outro texto, sobre assunto diferente, desta vez com críticas mais amenas.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a EBC informou que não houve censura e que a publicação foi apenas adiada. O adiamento foi uma decisão conjunta da ouvidoria e da direção da "Agência Brasil". A EBC ressaltou que a diretoria da empresa não interfere no trabalho da ouvidoria.
Em nota enviada nesta quarta-feira (20), a EBC informa que diretoria da empresa, "por orientação da diretora-presidente, assegura inteira autonomia à ouvidoria para desempenhar seu trabalho".
A Folha Online apurou que uma reunião decidiu pela substituição do texto gravado no sistema pelo que foi ao ar no sábado.
No fim da sua coluna publicada no sábado, Machado ainda se desculpa aos leitores pelo atraso na publicação e remete o ocorrido a "motivos alheios" à sua vontade. "Peço desculpas aos leitores pelo atraso na publicação desta coluna devido a motivos alheios à nossa vontade. Na próxima semana voltaremos ao horário normal de publicação."
O fato gerou estranheza na equipe de jornalismo da empresa, que teve acesso à coluna gravada no sistema. A mudança no texto e a possível censura à crítica anterior está em desacordo com a norma interna da ouvidoria.
FONTE: http://www.folha.uol.com.br