segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dunga parte para grosseria em entrevista e soca mesa

15/06/2009
EDUARDO ARRUDAPAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Bloemfontein
A insistência no assunto transferência de Kaká do Milan para o Real Madrid fez Dunga partir, várias vezes, para a grosseria em entrevista (obrigatória) organizada pela Fifa antes do primeiro jogo da seleção na Copa das Confederações, que será realizado nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), contra o Egito.
O tema já havia sido vetado pela própria entidade máxima do futebol, numa espécie de censura prévia da entrevista, que além do treinador brasileiro contou com o próprio Kaká e com o goleiro Júlio César.
Quem não respeitou a ordem recebeu as estocadas de Dunga, que depois do anúncio oficial da transferência, na última segunda-feira, vetou o assunto no ambiente da seleção.
Primeiro, o treinador da seleção fez sinais de que o som do microfone deveria ser cortado quando um jornalista italiano tocou no assunto proibido.
Depois, quando um outro italiano pediu para o meia-atacante mandar uma mensagem aos torcedores do Milan, o técnico brasileiro socou a mesa, demonstrando muita irritação.
Pior aconteceu nos momentos seguintes ao fim da entrevista. Um espanhol que tentou se aproximar de Kaká ouviu de Dunga que ele não havia estudado, porque não teria entendido que o jogador não falaria sobre o Real Madrid. Antes de passar pela saída, ainda ironizou um outro espanhol perguntando a ele se sabia o que significava a palavra "chato''.
Mesmo com o bom momento da sua equipe, Dunga disparou.
"O Brasil nunca é bom. Antes dos jogos, o nosso rival é forte. Depois, quando a gente ganha, vira fraco'', falou Dunga, que ainda disse que a Copa das Confederações da África do Sul não irá afetar na avaliação de sua performance pela CBF.
"Disseram, quando eu assumi a seleção, que eu não ficaria por dois meses, mas já estou aqui há três anos'', disse o treinador, que foi vago ao responder quem dizia que seu time "nunca era bom''.
"É só você só ler o que foi escrito'', falou Dunga, para depois ponderar: "Não são todos [que criticam seu trabalho], logicamente. Muitas pessoas entendem o trabalho que a gente faz. Muitas vezes a gente erra, outras vezes a gente acerta''.


FONTE: http://www.folha.uol.com.br

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