segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alvo de críticas, governo chinês manda empresa consertar filtro antipornografia

15/06/2009
da Folha Online
Depois de críticas aos riscos de segurança gerados por um filtro antipornografia na internet, o governo da China determinou que os problemas do software sejam resolvidos. A partir de 1º de julho, os PCs vendidos no país vão vir com um programa para impedir que crianças acessem pornografia na internet, mas críticos afirmam que a medida tem o objetivo de intensificar a censura.
Na semana passada, pesquisadores da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, afirmaram que o programa tem sérios problemas de segurança --seria possível, por exemplo, que pessoas mal intencionadas controlassem o computador dos usuários de forma remota.
Os pesquisadores afirmaram também que o sistema bloqueia não só conteúdos relacionados a textos obscenos, mas também frases consideráveis condenáveis pelo Partido Comunista.
Usuários que já testaram o programa afirmam que ele bloqueia o acesso a um amplo leque de conteúdos, de discussões sobre homossexualidade a imagens de histórias em quadrinhos como Garfield.
Segundo o jornal "China Daily", o governo da China pediu à empresa Jinhui Computer System Engineering, responsável pelo sistema, que as falhas fossem corrigidas. "O Ministério de Indústria e Tecnologia da Informação pediu que nós tornássemos o software mais seguro", afirma Zhang Chenmin, gerente-geral da companhia.
O programa já foi baixado 7,17 milhões de vezes do site da empresa e 2,62 milhões de computadores de escolas no país já o utilizam. Zhang admitiu que piratas virtuais podem atacar o sistema devido às falhas. "Assim como qualquer outro software desse tipo", diz. "Nós somos mais especialistas em produzir filtros de internet do que em segurança."
O governo do país determinou que o programa deve vir já instalado no computador ou disponível em um CD. Os fabricantes serão obrigados a revelar às autoridades quantas máquinas foram vendidas com o software, desenvolvido por uma empresa chinesa.




FONTE: http://www.folha.uol.com.br

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