quinta-feira, 25 de março de 2010

Google pula a muralha da China

24/03/2010

Em disputa com o governo chinês, gigante de buscas desvia servidores e dribla a censura

Desde início do ano, uma nova “Guerra Fria” vem sendo travada na Internet. Dessa vez, as potências envolvidas são Google e o governo da China , que exige a censura a conteúdos que Pequim considera indesejáveis. O confronto pode levar a saída do gigante de buscas do país. O Google anunciou que as buscas feitas em seu site na China (Google.cn) seriam redirecionadas para os servidores em Honk Kong (Google.com. hk), sem a censura exigida pela China.

Em janeiro, contas do Gmail de ativistas chineses foram invadidas. Autoridades chinesas afirmam que o ataque partiu de duas escolas e não estava envolvido. Entretanto, o resultado das investigações não agradou ao Google, que começou a operar na China em 2006. O novo capítulo foi o redirecionamento para Honk Kong, pulando o muro de censura. Antes, temas como o Massacre da Paz Celestial e a invasão ao Tibet não apareciam em consultas feitas pelos internautas chineses.

“Encontrar uma maneira de cumprir a nossa promessa de impedir a pesquisa censurada no Google.cn foi difícil. Queremos que nossos serviços sejam acessíveis para o maior número possível de pessoas no mundo”, escreveu David Drummond, Vice-presidente sênior do Google no blog da empresa.

Quem acompanha com grande interesse a crise são os concorrentes Bing, da Microsoft, e Baidu, mecanismo de busca preferido pelos chineses. Números apontam que o Google detém 36% do mercado dentro do país asiático contra 58% do serviço local.

Briga no Adwords

O Google venceu esta semana uma disputa que se arrastava na Justiça desde 2005 com a Louis Vuitton, grife francesa de artigos de luxo e dona de marcas como Louis Vuitton, Moet&Chandon, Dior, entre outras. A alegação é de que o Google, ao permitir no sistema de links patrocinados Adwords a compra por qualquer pessoa de palavras-chaves que correspondem a marcas registradas, estaria violando patentes. Em primeira instância, a filial francesa do Google foi condenada em 300 mil euros (cerca de R$ 730 mil). Ontem, a Corte Europeia decidiu que o Adwords não afeta a competição. Em seu blog, o Google afirmou que a decisão reconhece um princípio fundamental para a livre circulação de informação na Internet. E lembrou que proíbe a propaganda de produtos falsificados.

FONTE: http://odia.terra.com.br

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